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Coser emoção

Li outro dia a história de uma senhora que extravasava a raiva que sentia do marido fazendo bonecas de crochê.
Fiquei meditando sobre esta filosofia de vida. Na importância de transmutar a raiva em beleza. Então surgiu a questão do não saber fazer crochê e a alternativa de se fazer bonecas de panos.
Confesso, sempre fui muito apaixonada por bonecas de panos. 
Não saberei datar se esta paixão surgiu com Monteiro Lobato ou precede a este. 

Como colcha de retalhos, que é outra paixão que guardo no coração, fui emendando pensamentos e ideias pertinentes a esta alquimia de emoções. 
Foi quando lembrei-me da importância que concedo ao ato de coser. Existe magia no ato de costurar. 
Não basta apenas a ideia de conceber um trabalho manual. 
Só a fé de nada resolve, pois poderá o seu projeto jamais decolar. 
A ação, que por si só é incapaz de construir, necessita da existência da intenção.
Diante de tão complexa tarefa, deixe em cada ato uma expressão de sua alma.

Encha de desígnios cada laçada de sua agulha. 
Que seu trabalho ao final carregue uma grande energia de coração. Que seja não só a transformação do tecido e da linha em beleza, mas de todo o seu ser em evolução. 
Experimente costurar amor junto ao seu trabalho. 
Milagres serão expressos diante da sua criação.

O boneco acima foi confeccionado em um período que eu estava resgatando minha alma, meu poder pessoal. 
Um período de minha vida que guardo com muito amor em um canto privilegiado de meu coração.
Beijos!

Comentários

Anônimo disse…
Nunca prestei atenção especial ao ato de coser. Procurarei corrigir isso! O seu bom senso é impagável.
Élis Bruxa disse…
Thaís, a sua participação que é impagável.
Fico feliz por tê-la como leitora.
Beijos!

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