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Mostrando postagens de julho, 2021

Passei em frente a minha antiga casa.

Que tem as portas bem altas; E ela está, triste, muito triste; Arrancaram até a varanda dela; Assim, sem mais e sem menos; Eu não a abandonei. Muito ao contrário. O proprietário exigiu que eu saísse; E depois a deixou lá: Só e sem carinho; Tudo que deixei lá, lá está; Após estes oito anos de solidão; Ela perdeu a varanda; Perdeu é eufemismo; E a porta está lá; Como sempre, tão majestosa; Ela se abre ao meio; Uma banda para lá e outra para cá; Acima, tem um vidro, feito um pedaço de janela. Partido em três vidraças; Ou seriam duas? Assim, com a visão da porta; Fui caminhando em direção ao meu destino; E buscando com os olhos e com o coração; Casas que ostentassem tal realeza; Nesta época, raridade; Mas persisti e segui avante; Heis que a vejo; Inesperadamente; Foi quase um choque; Lá estava ela; Agora estou até meio confusa; Melhor seria dizer, lá estava ele: O Rei da Rainha; Um azul A outra rosa; Mas da mesma realeza; Iguais; Entretanto, o rei teve mais sorte; Hoje é uma creche. Crianç