Praia Joaquina
Era o ano de 1990, mês de janeiro, época de muito sol, praia, crianças pequenas, tudo de bom!
Minha sogra havia recebido a visita de um padre amigo da família e me convidou para acompanhá-los nos passeios.
Todo turista, naquela época, tinha que conhecer a praia da Joaquina, famosa pelo Surf. Hoje seria a praia Mole.
Bom, fui com um maiô preto. Estava acompanhada pela minha sogra, minha cunhada, pela filhinha dela (2 anos), pelo meu filhinho (2 anos), pela minha filha (3 anos) e pelo padre, que não usa batina na praia, é claro.
As crianças gritavam o tempo todo: Mãeeeeeee!
Tudo bem, era o meu maior prazer, só que parecia que as três crianças eram minhas, tudo bem também, pois amo ser mãe. É a profissão que mais gosto, pois tem muitos desafios, e como tem desafios!
Tudo bem, era o meu maior prazer, só que parecia que as três crianças eram minhas, tudo bem também, pois amo ser mãe. É a profissão que mais gosto, pois tem muitos desafios, e como tem desafios!
De repente percebo um rapaz acompanhando todos os meus passos. No que pensei: "Meu Deus, será que ele é maluco?"
"Só pode ser maluco...." pensava eu, meio desesperada.
"Só pode ser maluco...." pensava eu, meio desesperada.
O rapaz continuava me acompanhando, não só com os olhos, aonde ia ele ia atrás. "Só pode ser maluco..." continuava eu pensando.
Então, ele analisou bem o grupo que me acompanhava, deve ter imaginado, à princípio que o padre era meu marido, que as crianças eram todas minhas, sei lá, mas depois de muito olhar, respirou fundo e caminhou em nossa direção. Enquanto ele vinha eu me desesperava: " louco de pedra, Joaquina, praia de lindas mulheres, só tem modelos, por que logo eu?"
Quando ele alcançou nossa mesa disse: Posso sentar-me ao SEU LADO?
Respondi tão seca quanto grossa: Pode mas sou casada e estiquei a mão esquerda para exibir a aliança, a qual hoje só por pirraça não uso mais.
O rapaz, hoje um herói para mim, com toda sua coragem, engoliu seco e disse: " percebi que você tem muita preocupação com seus filhos e pensei em ajudá-la para que possa aproveitar melhor a praia."
Respondi tão seca quanto grossa: Pode mas sou casada e estiquei a mão esquerda para exibir a aliança, a qual hoje só por pirraça não uso mais.
O rapaz, hoje um herói para mim, com toda sua coragem, engoliu seco e disse: " percebi que você tem muita preocupação com seus filhos e pensei em ajudá-la para que possa aproveitar melhor a praia."
Com um tom mais suave, respondi: " Tudo bem, faça como quiser"
O rapaz saiu e ficou cuidando das crianças, o tempo todo. Nisso o padre falou comigo: "
O rapaz saiu e ficou cuidando das crianças, o tempo todo. Nisso o padre falou comigo: "
"Elisa, as pessoas precisam de elogios, isso é muito importante para a alma, você errou.
Devia ter deixado o rapaz massagear seu ego, ele teria dito que você é maravilhosa, encantadora, muito linda e etc.
Você ouviria tudo e gentilmente agradeceria e só então informaria que é casada."
Sempre lembro desse episódio, pois eu só poderia estar precisando daquela massagem.
Perdi a massagem no ego, mais ganhei a lição. Por que é tão difícil aceitar elogios?
Vezes sou minha pior inimiga. Vamos fazer um pacto?
"Só hoje serei gentil comigo!"
Vezes sou minha pior inimiga. Vamos fazer um pacto?
"Só hoje serei gentil comigo!"
Hoje já sei aceitar elogios e aos quarenta e dois anos não posso me dar ao luxo de recusá-los!
E nem quero, é tão bom receber elogios!
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Amo-te!