A vida é mesmo engraçada.
Mas para achar graça tem que estar atento,
tem que saber olhar.
Não devemos nos levar tão á sério.
Nem mesmo devemos levar nada assim tão sério, porque tudo é aprendizado.
Li no site da universidade que haveria uma palestra.
Logo deduzi: que jóia!
Mandei e-mail para minha filha e a convidei para irmos juntas.
Tudo combinado.
Eu, na maior correria, entregar resumo estendido TCC,
prova, seminário, e a palestra, enfim, tudo no mesmo dia.
Sem falar no almoço do filhinho, do estágio na farmácia e dos estudos com a amiga.
Isto não parece um dia, mas sim uma semana de atividades.
Tudo bem, deu certo.
Hora da palestra, telefone toca, filha avisa que chegou.
Tento ir para Reitoria, ela diz que a palestra seria no centro de Filosofia.
Andamos todo o centro de Filosofia, nada, nadinha de palestra.
Saio perguntando, ninguém está sabendo.
Após longa caminhada que cansou a amiga convidada de minha filha,
vou até à secretaria perguntar.
Palestra? De quem?
Respondo, ah de um homem ótimo, muito bom mesmo.
Havia um professor no local, não se conteve, riu muito.
Tão bom que nem eu, nem a amiga e nem a minha filha sabíamos nada, mas nada mesmo
sobre o tal homem.
Digo que li no site, entram, conferem e informam: é na Reitoria.
Convido todos para irem. (tomara que não tenham ido).
Fomos.
Que loucura, o professor que foi apresentar o palestrante
pegou 100 folhinhas A4 e começou a ler.
Uma voz monótona, sempre no mesmo tom, foi lendo,
lendo, aqueles textos que sempre voltam;
vão e voltam e minha filha dormiu, dormiu;
Quisera eu dormir também, mas não quis deixar a amiga sozinha.
Um auditório lotado, que aos poucos se desfazia, desfazia...
Até o convidado especial bocejou.
Meia hora depois, eis que o palestrante começou a falar,
eis que pegou uma daquelas folhinhas...
e leu, leu, leu....
Coragem, vai melhorar, mas preciso ir, tenho que ir,
Saímos!
uffa!
Rimos tanto lá fora, como rimos, pois descobrimos que procurar a palestra foi muito mais proveitoso e divertido.
Ainda estou achando graça.
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