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Agitação

Engraçado, mas nossas idéias mudam.
Que bom que é assim.
Sinal que a gente pode evoluir.
Que podemos aprender, que podemos crescer
com cada experiência.
Hoje foi um dia agitado.
Longo tempo atrás, locais interessantes eram chamados "agito".
Hoje não busco este interesse, quero mesmo é a paz.
Porém hoje foi agitado.
Que fazer?
Blasfemar?
Ah, bobagem, isto só atrapalha.
Escolho aprender, escolho viver.
Hoje foi assim:
Dia de entregar o Trabalho de Conclusão de Curso.
Não o meu, mas sim de minha filha.
Ficou dias, melhor, meses dedicando ao seu trabalho.
Cada detalhe muito bem pensado e planejado.
E hoje era o dia de entregar.
Faltava apenas imprimir.
Deixei-a imprimindo e fui cuidar das minhas obrigações.
Entretanto, meu coração estava ansioso, coração de mãe.
Telefone toca, do outro lado meu bebê chorava.
Soluçava!
Estava com problemas para imprimir.
Larguei tudo e corri de volta para casa.
Tentei pegar uma carona, para adiantar.
Houve um equívoco:
A moça pensou que eu iria para o centro e eu queria ir em sentido contrário.
Então perdi o ônibus.
Meu coração apertava.
Veio outro ônibus, que deixaria-me longe, peguei mesmo assim.
Desci três pontos adiante, pois pensei que meu ônibus estava atrás.
Engano!
Logo veio outro, então fui, uffa.
Sentei-me próximo ao motorista para pedir para parar o mais próximo possível.
Narrei meus desencontros e descubro como a vida fala comigo.
O motorista havia enfrentado desencontro ainda maior na noite passada.
Pois pegou carona com ônibus de viagem para sua casa.
O sentido era o da cidade dele, mas o tal ônibus pegou outra rodovia.
Para piorar, tinha que acordar de madrugada para estar de volta para trabalhar hoje.
Quase não dormiu e o desencontro dele era infinitamente maior do que o meu.
Creio que ficamos consolados, cada um com sua história.
A impressão não deu tréguas.
O horário de entregar o TCC expirou.
Continuei com a luta travada com a impressora, os cartuchos, os papéis.
É até engraçado.
Enfim, após seis horas de luta, finalizei. Sim, eu,
pois minha filha precisava ir trabalhar
e eu assumi a impressão e encadernação.
Agora precisava pegar um ônibus.
Aqui em minha cidade,
todos os carros estão indo para o mesmo destino que eu,
porém estão indo com apenas uma pessoa.
Um desejo de pegar uma carona...
Vejo uma moça, pergunto e sim!
obaaaaa! Enfim uma carona.
Uma moça tão querida, tão doce,
estava indo buscar o marido e na mesma avenida que eu estava indo.
Deixou-me e disse, volto em dez minutos e te pego e te levo de volta.
Sou muitíssimo bem recebida,
entrego os TCCs,
agradeço, saio feliz e chego no exato momento que a minha carona está de volta,
entro no carro e chego em casa.
A vida sempre tem algo para nos ensinar.
Basta confiar!




Comentários

Modorra Burlesca disse…
É, tipo, a mulher maravilha, você, hah. Fico surpresa e alegre com suas peripécias! Bom que deu pra finalizar o TCC da *Maria Antonieta.* Também atualizei meu blog, com um trecho inicial daquele livro que contei estar lendo... http://modorraburlesca.blogspot.com/2009/12/desertor-um-bom-talhe.html Bj-bj. Na paz ou no agito, conte comigo, querida. Amoamoamoamo-a.

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