Li outro dia a história de uma senhora que extravasava a raiva que sentia do marido fazendo bonecas de crochê. Fiquei meditando sobre esta filosofia de vida. Na importância de transmutar a raiva em beleza. Então surgiu a questão do não saber fazer crochê; E a alternativa de se fazer bonecas de panos. Confesso, sempre fui muito apaixonada por bonecas de panos. Não saberei datar se esta paixão surgiu com Monteiro Lobato ou precede a este. Como colcha de retalhos, que é outra paixão que guardo no coração; Fui emendando pensamentos e ideias pertinentes a esta alquimia de emoções. Foi quando lembrei-me da importância que concedo ao ato de coser. Existe magia no ato de costurar. Não basta apenas a ideia de conceber um trabalho manual. Só a fé de nada resolve, pois poderá o seu projeto jamais decolar. A ação, que por si só é incapaz de construir, necessita da existência da intenção. Diante de tão complexa tarefa, deixe em cada ato